quarta-feira, 2 de julho de 2014

Extrato de repolho roxo como indicador Ácido-Base

Vamos apresentar uma sugestão de aula experimental que aborda um importante conteúdo de Química: pH.



  Os Químicos usam uma escala de pH para expressar quão forte é uma substância ácida ou básica. Um valor de pH abaixo de 7 (sete) indica que a substância é ácida e, quanto menor for o número (6, 5, 4, 3, 2 ..) mais forte será o ácido. Um valor de pH acima de 7 (sete) indica que a substância é alcalina (básica) e, quanto maior for o número (8, 9, 10 ...) mais forte será a substância alcalina. Quando o valor do pH é igual a 7 significa que a substância é neutra.

A propriedade mais notável dos ácidos e bases é a habilidade deles para a mudança de cor. Indicadores sintéticos ou naturais presentes em diversas frutas, legumes e plantas apresentam mudança de cor na presença de diferentes regiões de pH, podendo ser utilizados na identificação da acidez ou basicidade de diferentes soluções aquosas. Na natureza é possível encontrar diversos tecidos vegetais (frutas, flores, legumes), contendo indicadores naturais, como por exemplo, o repolho roxo, beterraba, pinhão, pétalas de rosas vermelhas, jamelão, amora, chá-mate, folha de hibisco.

Estrutura geral das antocianinas
R1 e R2 podem ser H ou açúcares
R podem ser OH ou H
as frutas e flores típicas do Brasil, apresentam coloração característica, devido a alguns compostos orgânicos como as antocianinas (ACiS).
Os materiais e reagentes utilizados são facilmente encontrados, e pode ser realizado em qualquer escola. 
Neste experimento é construída uma escala de padrões de pH utilizando extrato de repolho roxo como indicador, um exemplo é representado na figura abaixo:


Escala de padrões de pH utilizando extrato de repolho roxo

Sendo feito com este a classificação de diferentes soluções aquosas de acordo com sua acidez ou basicidade.

Materiais:

Béqueres
Vinagre
Sabão em pó
Leite
Limão
Shampoo
Alvejante
Sabão em pó
Detergente
Água

Procedimento:

Parte 1 - Preparação de extrato do repolho roxo:
Cortar o repolho em pequenos pedaços e bater no liquidificador com 1 l de água fervente. A seguir, coe a mistura numa peneira fina.
Observação: o extrato de repolho roxo se decompõe com facilidade, fazer e usar imediatamente ou deve ser guardado em geladeira ou, de preferência, congelado.


Parte 2 – Testando o pH de diferentes materiais:

Coloque em cada béquer, soluções diluídas de cada uma das substâncias.
Em seguida adicionar uma pequena quantidade de extrato de repolho roxo em cada um dos copos.

Parte 3 - Em seguida comparar a cor obtida com a escala de pH feita, observando a escala de pH construída, a coloração vermelha é para as soluções ácidas e à medida que aumentamos o pH a coloração se altera passando para azul (ph próximo de 8), verde (pH próximo de 10 até o amarelo (pH próximo de 14).


Entendendo:

O extrato de repolho roxo modifica sua coloração tanto em meio ácido como alcalino. Assim em produtos, em que meio é levemente ácido com pH próximo de seis, predomina uma coloração lilás, e em meio fortemente ácido com pH próximo de dois a coloração predominante é vermelha. Em meio alcalino, a faixa de coloração varia de azul claro (meio levemente alcalino) para verde (meio fortemente alcalino).
Esta mudança deve-se ao pH que na primeira substância é próximo de oito; e na segunda substância é próximo de dez. Concluindo então, que a mudança da coloração é fruto da variação do pH.
Porém, observa-se que o extrato de repolho roxo não é recomendado,
quando se deseja verificar a acidez ou alcalinidade de materiais coloridos e
incolores, devido ao mascaramento das cores.

O extrato de repolho roxo apresenta potencialidade como indicador natural, podendo ser utilizado no processo de ensino-aprendizagem de equilíbrio ácido-base tanto no ensino-médio quanto no ensino superior, pois a extração do indicador é de baixo custo e não requer laboratórios e equipamentos sofisticados.

Vídeo: Cola derivada do Leite

https://www.youtube.com/watch?v=SJtQyG-oPZs



 Esse experimento pode ser utilizado como auxiliar para aulas de químicas a fim de orientar os alunos sobre a realização de experimentos químicos, bem como estimular o caráter investigativo dos mesmos, propondo uma aula diferenciada onde os próprios alunos podem realizar o experimento em sala de aula ou em laboratório químico, caso houver disponibilidade.


- Materiais utilizados:

1)Leite desnatado
2)Vinagre
3)Bicarbonato de sódio
4)Filtro de papel para café (tipo melita)


-Procedimento experimental

1) coloque um copo quase cheio de leite e complete o restante do copo com vinagre,
2) com o filtro de papel filtre o leite, para se retirar a proteína do leite (a caseína), descartando o soro formado.
3) cdicione à proteína do leite filtrada um pouco de bicarbonato de sódio e misture bem,
4)  cola está pronta e tem a textura muito parecida com a cola mais conhecida como cola branca.

Artigo: Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula

http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53-11.pdf

No ensino de química, os jogos têm ganhado espaço nos últimos anos, mas é necessário que a utilização
desse recurso seja pensada e planejada dentro de uma proposta pedagógica mais consistente. É indispensável que professores e pesquisadores em Educação Química reconheçam o real significado da educação lúdica para que possam aplicar os jogos adequadamente em suas pesquisas e nas aulas de química. É nesse contexto que este artigo pretende contribuir, trazendo alguns referenciais teóricos e aspectos pedagógicos que devem ser levados em consideração quando se pretendem desenvolver atividades com jogos didáticos nas aulas de química. (artigo: Jogos no ensino de química: Considerações teóricas para sua utilização em sala de aula)

terça-feira, 1 de julho de 2014

LEITE PSICODÉLICO

O experimento a seguir é muito interessante para se realizar em sala de aula para explicar os conteúdos de polaridade, solubilidade e como os detergentes agem para remover a gordura. Além de serem necessários apenas materiais simples, que podem ser encontrados em praticamente todas as cozinhas, o efeito visualizado nesse experimento é muito bonito e chama a atenção dos alunos, tornando a aula de química muito interessante.



Materiais:
  • Um prato;
  • Leite;
  • Corantes alimentícios;
  • Detergente líquido para lavar louças.
Materiais necessários para o experimento do leite psicodélico
Materiais necessários para o experimento do leite psicodélico

Procedimento experimental:
1. Coloque o leite no prato;
2. Adicione gotas dos corantes alimentícios de diferentes cores no leite;
3. Pingue 1 gota de detergente líquido no meio do leite e observe o efeito resultante.
Experimento com leite, corantes e detergente
Experimento com leite, corantes e detergente
Continue pingando o detergente em diferentes partes do leite. Essa parte também pode ser feita molhando um palito de dente no detergente e tocando em diferentes pontos da superfície do leite.

VAMOS ENTENDER:

O efeito visto ocorre porque o detergente dissolve (emulsifica) a mistura de leite e corante. O leite é uma mistura de várias substâncias, principalmente água e gordura. No entanto, o leite que compramos para consumir é homogeneizado, o que significa que por meio de processos industriais a gordura do leite passa por um furo muito pequeno que quebra os glóbulos de gordura, tornando-os minúsculos e fazendo com que fiquem em suspensão no leite.
Assim, os corantes não se misturam no leite por causa de sua gordura. Mas o detergente é um agente tensoativo, que é capaz de quebrar essa tensão superficial que impede o corante de se dissolver no leite.
Essa ação do detergente pode ser entendida no processo de retirada da gordura das louças. O detergente é constituído por moléculas com longas cadeias carbônicas apolares e uma extremidade polar.
Visto que possui uma parte apolar e uma polar, o detergente é capaz de interagir tanto com a gordura como com a água. A extremidade polar interage com a água e a cadeia longa apolar interage com a gordura, formando pequenos glóbulos, chamados de micelas.
Nas micelas, a parte apolar fica voltada para a parte interna do glóbulo em contanto com a gordura, e a parte polar fica voltada para a parte exterior, em contato com a água. Dessa forma, quando se “arrastam” as micelas de detergente, removem-se também a gordura junto, pois ela estará aprisionada na região central da micela.
Um fenômeno similar ocorre com o leite e o corante, sendo que o detergente quebra a tensão e eles começam a se misturar loucamente.


Por Jennifer Fogaça
Graduada em Química

Pasta de dente de elefante (experiência de química)

A pasta de dente de elefante é muito interessante para demonstrar a ocorrência de reação química e despertar indagações sobre o fenômeno ocorrido. Veja abaixo vídeo explicativo do Manual do Mundo:

O que você vai utilizar:
- Água oxigenada concentrada
- Sabão ou detergente
- Corante
- Iodeto de potássio
Antes de fazer esta experiência, é importante usar luvas de borracha e óculos de proteção, pois a água oxigenada concentrada é muito irritante para a pele.
Mistura-se a água oxigenada com sabão e corante em um recipiente pequeno, de boca estreita. Não há regra fica para a quantidade de água oxigenada. Cerca de 40 ml são suficientes. Algumas gotas de sabão e de corante também bastam.
Depois, deve-se despejar uma colher de café de iodeto de potássio sobre a mistura, e uma grande espuma se formará de repente.

COMO FUNCIONA A PASTA DE DENTE DE ELEFANTE

A água oxigenada (ou peróxido de hidrogênio – fórmula H2O2) nada mais é do que a água comum com um átomo a mais de oxigênio. Ela é uma substância instável, que libera esse oxigênio muito facilmente, deixando de ser água oxigenada e transformando-se em água comum (fórmula H2O).
O iodeto de potássio acelera a decomposição da água oxigenada, fazendo com que ela libere o oxigênio de forma muito rápida.
Como há sabão na mistura, as bolhas de oxigênio acabam formando uma grande espuma, que fica colorida por causa do corante.
Mesmo depois da experiência, não convém tocar na espuma sem proteção nas mãos, pois ainda pode haver água oxigenada que não foi decomposta.
Veja abaixo um artigo científico que explica exatamente o que ocorre com a água oxigenada:
http://www.scielo.br/pdf/qn/v29n1/27876.pdf
Veja a fórmula dessa reação química:
Fórmula da decomposição da água oxigenada